Segundo Oliveira (2008), Sistemas de Informações Gerenciais (SIG) são processos utilizados para transformar dados e informações que auxiliem no processo decisório da empresa.

Atualmente há um cenário de grande competitividade entre empresas e a maior quantidade de informações sobre mercados, empresas e clientes que incidem sobre o empreendedor, faz com que este necessite de ferramentas que permitam o tratamento adequado de todos esses dados e informações para convertê-los em vantagens competitivas.

Em geral, as grandes corporações perceberam essa necessidade há bastante tempo e já usufruem de diversos SIGs para melhorarem seus resultados.

Um sistema de informação pode ser parte integrante de qualquer corporação, pois quando transforma informação em conhecimento, auxilia no cumprimento de tarefas do dia-a-dia da empresa, sejam elas simples e rotineiras ou mais complexas.

Essas últimas são, geralmente, de competência dos gestores que, com as suas decisões, ditam o rumo da organização, o que demonstra a importância dos gestores e de suas decisões para as empresas.

 

Entretanto, sistemas pensados para grandes corporações não têm atendido de forma prática empresas menores, pois segundo Oliveira (2008, p.73) “…a eficácia empresarial está sendo seriamente prejudicada por sistemas que, simplesmente, produzem enormes quantidades de dados e informações que não são trabalhados e utilizados”. Nos últimos anos tem crescido o número de sistemas de gestão pensados para micro e pequenas empresas. Mas ainda assim, mantém as características dos ERPs para grandes corporações, pois ao invés de auxiliar o empreendedor no planejamento, oferecem apenas ferramentas de monitoramento dos dados alimentados no sistema.

Visando atender principalmente esse quesito, a tecnologia em softwares evolui para os Sistemas de Apoio à Decisão. Alguns autores como Turban (2004) denominam esse tipo de sistema como Sistema de Apoio à Decisão (SAD), enquanto outros os tratam como Sistemas de Suporte à Decisão (SSD). Tais softwares trabalham como sistemas interativos que oferecem aos usuários informações e modelos para a solução de questões estratégicas da empresa.

 

A função principal do SAD é apoiar o processo de tomada de decisão em áreas de planejamento estratégico, controle gerencial e controle operacional. Sua demanda surgiu com o crescimento competitivo entre organizações.

 

É desenvolvido através de dados históricos e de experiências individuais que se tornam informações úteis para a melhoria do processo decisório e agregando vantagens competitivas à empresa.

Turban descreve algumas razões citadas por gestores para justificar o uso de um SAD:

“Muitas empresas estão utilizando o SAD para melhorar o processo decisório. As razões citadas pelos gerentes são: necessidades de informações novas e mais precisas; Necessidade de Ter informações mais rapidamente; O monitoramento das inúmeras operações de negócios da empresa estava cada vez mais difícil; A empresa estava operando em uma economia instável; A empresa enfrentava maior concorrência nos mercados interno e externo; Os sistemas instalados na empresa não apoiavam adequadamente os objetivos de maior eficiência, rentabilidade e ingresso em mercados lucrativos; O departamento de sistemas de informação não conseguia mais atender à diversidade de necessidades imediatas da empresa e de seus executivos e não havia funções de análise de negócio embutidas nos sistemas existentes.” (TURBAN, 2004, p. 374).

Um SAD permite aos tomadores de decisões buscar informações em bancos de dados diferentes e em locais distintos para que tenham acesso a dados específicos sobre determinado problema e a partir disso, ter condições para tomar decisões ótimas para a organização.

Muitas Empresas de Pequeno Porte (EPP) desconhecem ou não tem acesso a esse tipo de sistema de apoio a tomada de decisão e, muitas vezes, acabam por tomar decisões equivocadas que prejudicam os resultados da empresa e, em alguns casos, levando-a a encerrar suas atividades.

Estatísticas recentes dos relatórios do GEM sobre o empreendedorismo no mundo apontam que mais de 24% das empresas encerram as suas atividades antes de atingir seu segundo ano de vida. Estes relatórios mostram também que dentre as principais causas que levam uma empresa a encerrar as suas atividades estão a falta de planejamento prévio e a gestão deficiente do negócio.

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